Hoje eu quero Rock

Quero lembrar da minha adolescência em que eu era feliz e não sabia...

Um rock de garagem brega, "trash" e sem compromisso com crítica. Assim eram "Os Replicantes" na voz do Wander.

Desconstruindo as Palavras

                                                                            Foto: Max Servi
                                        

Dando tapas nas letras

Sacudindo o papel

Vejo versos se encaixarem

Com o soprar do vento

Revirando as nuvens no céu 
                                    

Com a tinta criando forma

Os versos recebendo vida

Olhos testemunhando

Linhas emocionadas

Ali no papel contidas

                

Nesse turbilhão sem fim

Nas letras emaranhadas

Descobre-se cada coisa!

Entende-se como quiser

As idéias ali grafadas

                          

É lindo brincar com letras

Jogar as palavras pra cima

Deixá-las cair desordenadas

Juntá-las com os olhos fechados

E deixar fazer-se o clima

                            

Por agora pararam as idéias

Consegui aliviar meu astral

Amanhã quem sabe continuo

Convidando as letras quem sabe

Para um baile de carnaval

É Primavera!

Em uma tarde dessas qualquer, quando relaxava ouvindo um sonzinho, flagrei um casal inusitado se exibindo na minha janela. Sinal de primavera. O engraçado disso é que no exato momento que a música terminou eles foram embora. Boa sorte a eles.

Pretéritos Futuros

Um passado rico
Construído a cada momento
Instante por instante
Vale para pavimentar
O meu caminho
Daqui por diante

Um jardim eu plantei
Flores nasceram
Flores se foram
Ficou a terra
Em que as minhas mãos
Ainda tocam

As luzes
Que meus olhos tocam
Os perfumes
Que minha alma absorve
Conflitam meu “eu” e meu “ego”
“Ciúmes”

As batalhas internas
A todo momento surgem
Travadas no meu coração
Derrotam lembranças recentes
Que pareciam eternas
Dando vitória à razão

Assim passo meus dias
Eternos instantes
Vivendo a vida que me restou
Reciclando sentimentos
E lembrando dos beijos
Que não mais te dou